terça-feira, 14 de abril de 2009

A mulher e a Anarquia


UM POUCO SOBRE EMMA GOLDMAN

Emma Goldman

Emma Goldman (27 de Junho, 186914 de Maio, 1940) foi uma anarquista de origem lituana que ficou conhecida pelos seus textos e discursos feministas e pelos seus testemunhos acerca da Revolução Russa. Após emigrar para os Estados Unidos em 1886, é expulsa em 1919 em razão da sua intensa atividade política. Volta então para a Rússia, mas volta a abandonar o país por discordar do rumo autoritário tomado pelo governo bolchevique. Viveu em vários países, participou da guerra civil espanhola e veio a falecer no Canadá. Emma Goldman é, até hoje, a anarquista mais famosa da história dos Estados Unidos, país no qual viveu a maior parte de sua vida, mesmo se comparada com os homens anarquistas.É dela a famosa frase: "Se não posso dançar, não é minha revolução", que define de maneira simples a idéia anarquista de liberdade.

Imigração aos Estados Unidos

Com 17 anos Emma Goldman emigrou com sua irmã mais velha, Helene, para Rochester, Nova Iorque, para morar com sua irmã, Lena. Lá trabalhou muitos anos na indústria têxtil e em 1887 casou-se com um colega de trabalho, Jacob Kersner.O enforcamento de quatro anarquistas depois da Revolta de Haymarket levou Goldman à militância e a conhecer outra proeminente figura do anarca-feminismo, Voltairine de Cleyre. Com vinte anos ela se tornaria uma revolucionária. Abriu mão de seu casamento e família, viajou para New Haven, CT, e depois para a cidade de Nova Iorque.Goldman e Kersner mantiveram-se legalmente casados garantindo a ela sua cidadania estado unidense. Tal e qual tantos judeus daquela época, Emma Goldman era contra a criação do estado do sionista.

Suas Principais obras:

Livro:O individuo,a sociedade e o estado(Emma Goldman)
"Tudo que é bom e nobre,grandioso e belo,sabio e util,foi determinado pelo espirito de liberdade,do amor pela liberdade,apesar do ranger de dentes dos governos e da autoridade.Quando o homem estiver curado dos efeitos da autoridade,quando ele entender que essa liberdade é a coisa mais preciosa,quando ele for livre para viver,trabalhar,agir,desenvolverparticipar das relações sociais com quem tem apreço,então guerra,conquistas,roubo,corrupção,pobreza e todos os ornamentos do estado,todos os fardos da autoridade serão olhados como relíquias da brabárie."

Emma Goldman

Legalização do aborto

Na nossa sociedade o aborto não é legalizado,porque vivemos em uma sociedade machista,que tenta de todas as formas dominar as mulheres em todos os aspectos!!!
O direito ao aborto é apenas um dos aspectos que daria mais autonomia as mulheres,fariam das mulheres mais donas de si mesmas,por isso não é legalizado!!!


A pratica do aborto é considerado um crime(pelos olhos da lei e do estado)e um pecado(pelos olhos da igreja)!A unica coisa que querem é nos dominar,mandar em nós como se não tivessemos capacidade de cuidarmos de nós mesmas!!!

Enquanto o machismo e a hipocrisia segue,varias mulheres morrem ao redor do mundo por serem obrigadas a opitarem por praticas de abortos precarias,ja que não há um local apropriado para essa pratica,sendo que a mesma não é legal!!

"O aborto é uma realidade no Brasil e em todo o mundo. Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1998), anualmente 22% das gestações (mais de 46 milhões) são interrompidas com abortos induzidos. Isso equivale a 6.850 abortos ao dia e 5 abortos por minuto, só em nosso país. Os dados da OMS mostram que, em todo o mundo, os abortos inseguros ultrapassam 20 milhões por ano, sendo 99% nos países em desenvolvimento.
Se compararmos as legislações sobre aborto de diversos países, observamos que legislações mais punitivas em relação ao aborto não garantem baixos índices de abortamento, pelo contrário, nestes as taxas de abortamento e mortalidade materna alcança os maiores índices mundiais. Os países em que o aborto foi legalizado, onde o nível educacional é alto e a oferta de métodos contraceptivos extensa, possuem as menores taxas médias de abortamento por ano. Este é o caso da Bélgica, Alemanha, Holanda e França, onde esta taxa é de menos de 10 por 1000 mulheres. Na América Latina, região com as leis mais restritivas, menor nível educacional e onde é pior a qualidade dos serviços de saúde, esta taxa é de 37 abortos por cada 1000 gestações.


Desta maneira, os dados demonstram que a criminalização do aborto não impede que as mulheres interrompam uma gravidez não planejada, apenas coloca essa experiência na clandestinidade e expõe as mulheres mais pobres a riscos para sua vida e saúde. As mulheres que têm melhores condições financeiras procuram clínicas clandestinas (verdadeiras máquinas lucrativas no mercado médico), e realizam a prática do aborto sem maiores complicações.

Contudo, nos casos em que as mulheres não têm a opção de pagar mais de dois mil reais para
abortar em condições mínimas de segurança e higiene, as mulheres acabam praticando abortos inseguros, ocasionando sérias conseqüências para sua saúde, levando muitas à morte. O procedimento de curetagem (retirada dos restos fetais do útero) é hoje no Brasil a 2ª maior causa de internação no SUS, fato este que por si só já coloca a questão aborto também como questão de saúde pública e que, portanto, deve ser pensada por nosso sistema público de saúde com responsabilidade e isenta de dogmas religiosos. Assim, nós da Central Única dos Trabalhadores nos mantemos na luta pela legalização do aborto, desde nossa decisão tomada no Congresso de 1991, justamente por entendermos que se trata de um direito fundamental das mulheres sobre seus corpos e também de uma luta de classe. São as mulheres pobres, da classe trabalhadora, as maiores vítimas da criminalização do aborto. São elas que morrem ao não ter dinheiro para pagar por um aborto em clínicas clandestinas caríssimas e acabam por realizam abortos em situações desumanas. E são estas mulheres que, quando obrigadas a levar adiante uma gravidez não planejada, são alijadas do mercado de trabalho, alimentando uma situação de dependência econômica perante os homens. "

Pode ser que seja isso que o estado quer ja que em sua grande maioria são homens e machistas,mais não é isso que queremos,
Queremos autonomia sobre nosso corpos e queremos direito de escolha!!!!


"Toda essa hipocriasa gera Hemorragia,
Legalização do aborto,
Autômia sobre nosso corpo!!!!


LUTE PELO SEU DIREITO AO ABORTO!

A MULHER E O DIREITO

Apesar da intensa participação nas atividades econômicas,Politicas e sociais do país, a mulher ainda é vitima de discriminação e violação contra os seus direitos humanos e básicos.Uma das mais conhecidas formas de discriminação de genero obeserva-se no trabalho.Embora constitua a maioria da população brasileira (51%),a mulher trabalha mais e recebe salários em media 40% menores que homens com a mesma qualificação,independentemente do nível de escolaridade e do setor de atividades.Apenas 70% das mulheres trabalhadoras são assalariadas.80% atuam em profissões consideradas "femininas",como professora de 1°grau,empregada doméstica e serviço publico,entre outras.Apenas 15% trabalham em industrias,onde há melhor remuneração.Não bastasse a dificuldade de,na maioria das vezes, ter de conciliar as responsabilidades domésticas com a carreira,ainda hoje a mulher enfrenta agressão como demissaõ por motivo de gravidez,exigencia de atestado de esterilização e não gravidez no ato adimissional,assédio sexual e limitações na ascensão profissional.A situação torna-se especialmente mais desfavoravel entre as mulheres negras e de baixa renda e escolaridade ás quais resta tão somente se contentar com o subemprego.

Em educação, poucas foram as conquistas a partir dos anos 80. Verificou-se uma tendência à igualdade no numero de matriculas de meninos e meninas em escolas do 1° grau até o nivel superior, exceto na area de ciências tecnológicas, considerada ainda reduto masculino. O indice de evasão escolar, no entanto, permanece maior entre as mulheres. Na área de saude ,frequentemente os serviços não são planejados e executados de forma a respeitar as especificidades das mulheres.Há, no entanto, avanços expressivos como a proibição de praticas de controle de natalidade que infelizmente contrastam com o elevado numero de mortes provocadas por abortos mal praticados e gravidez de risco; e o crescente numero de mulheres infectadas pelo virus HIV.

A violência contra as mulheres é hoje um problema de âmbito nacional.Consequencia do poder e do controle exercido pelos homens,encontra espaço na ignorância e na insuficiência dos esforços do estado para fazer vigorar as poucas leis de repressão.A violência manisfesta-se em casa e no trabalho sob as formas de exploração,agressão física e emocional e abuso sexual.

VEJA ALGUNS DIREITOS ASSEGURADOS AS MULHERES EM LEIS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS:

O inciso I do artigo 5° da constituição federal de 1988 assegura que "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações".

A lei 9029, de 13 de abril de 1995, proíbe a exigencia de atestado de gravidez e esterilização e outras práticas discriminatórias como o estímulo ao controle de natalidade no momento da admissão.

A CLT-Consolidação das Leis do Trabalho dispõe, em seu artigo 377, que a adoção de medidas de proteção ao trabalho de mulheres é considerada de ordem publica não justificando, em hipótese alguma, a redução do salário.

A convenção da OIT (100) de 1951, ratificada pelo Brasil em 1957, estabelece a igualdade de remuneração sem discriminação de sexo.A convenção da OIT (111) de 1958, ratificada pelo Brasil em 1968, estabelece a igualdade de oportunidades e de tratamento no emprego e na profissão para homens e mulheres.

A convenção da ONU Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a mulher (1979), ratificada pelo Brasil em 1994.
O parágrafo 3° do artigo 11 da lei 9.100/95 dispõe sobre a obrigatoriedade de os partidos políticos inscreverem 20% de mulhres em suas chapas, o que assegura a participação feminina no exercício de cargos públicos.

Tirado do livro "Guia Cidadania e comunidade",escrito pelo CIC (Centro de Integração e
Cidadania)